quinta-feira, 4 de novembro de 2021

Bibliotecas Comunitárias: Pontes Literárias em Lugares Remotos do Brasil

Em meio às comunidades isoladas do Brasil, as bibliotecas comunitárias emergem como faróis de conhecimento e cultura. São pontes literárias, conectando regiões distantes ao universo da leitura e proporcionando acesso à informação em lugares onde recursos educacionais são muitas vezes escassos. Um exemplo brilhante desse fenômeno é a Biblioteca Manipueira, situada na remota Praia do Gado, Boca do Acre, AM.

 

Desafios Literários em Territórios Remotos

Nas entranhas da Amazônia, onde a exuberância natural se mistura à diversidade cultural, a falta de acesso à literatura é uma realidade persistente. Em muitas comunidades remotas, o acesso a livros é limitado, e bibliotecas tradicionais são raras. É nesse contexto desafiador que as bibliotecas comunitárias surgem como agentes de mudança, enfrentando barreiras geográficas para oferecer um tesouro literário.

 

Biblioteca Manipueira: Um Farol no Coração Amazônico

A Biblioteca Manipueira, é coordenada por Natany Vitoria Alves Silva, inaugurada em março de 2021 e ainda em meio a Pandemia do Coronavírus, destaca-se como um exemplo paradigmático. Erguida com o apoio vital de parentes, amigos e da própria comunidade, tornou-se um refúgio cultural. Seus milhares de livros, muitos provenientes de doações generosas, não apenas proporcionam leitura, mas também preservam e celebram a riqueza cultural amazônica.

O caso da Manipueira destaca outro aspecto fundamental: a necessidade de inclusão e acessibilidade. Com livros em braile e em áudio, a biblioteca se esforça para atender a todas as necessidades, garantindo que a riqueza da literatura alcance todos os públicos, independentemente de limitações visuais ou auditivas.

As bibliotecas comunitárias não são meramente depósitos de livros; são catalisadores de transformação local. A Manipueira, além de oferecer empréstimos e um acervo aberto para todos, organiza eventos culturais, como contações de histórias indígenas, tornando-se um epicentro para a preservação de tradições e o fomento da criatividade artística.

O papel dessas bibliotecas transcende a mera disseminação de conhecimento; elas fortalecem comunidades, preservam identidades culturais e oferecem esperança para um futuro mais educado e culturalmente rico. É um chamado para o reconhecimento da importância dessas instituições e para o apoio contínuo, garantindo que lugares afastados do Brasil possam ser enriquecidos pelo acesso à literatura e à cultura, tal como testemunhado pela Biblioteca Manipueira.

quarta-feira, 8 de setembro de 2021

Biblioteca Mangangá: Você precisa conhecer!


A Biblioteca Mangangá, criada e dirigida por Evelly Maria Araújo de Souza, é um tesouro cultural situado na Rua Marechal Rondon, 1785, Bairro Nova Araguatins, que transcende suas modestas dimensões físicas. Este espaço acolhedor não é apenas um abrigo para livros, mas uma manifestação apaixonada da riqueza da cultura brasileira, enraizada nas heranças indígena e africana, com um toque vibrante da capoeira.

Ao adentrar a biblioteca, somos envolvidos por centenas de títulos, revistas, jornais antigos, filmes e obras em braile, além de formatos acessíveis em áudio, proporcionando um ambiente inclusivo para diversos públicos. Crianças, jovens, adultos, a população negra, indígena e quilombolas, pesquisadores e estudantes, todos encontram um espaço acolhedor para explorar e aprender.

Evelly Maria, a mente visionária por trás deste refúgio cultural, compartilha suas raízes indígenas e negras, imbuindo a Biblioteca Mangangá com uma missão mais profunda. Desde sua juventude, ela foi cativada por histórias que a transportaram para universos diversos, germinando a paixão pelos livros e pela cultura dos povos brasileiros.

A Biblioteca Mangangá, fundada em janeiro de 2019, é o resultado tangível dessa paixão. Mais do que uma coleção de livros, é um tributo à diversidade e à riqueza cultural do Brasil. O acervo, especializado nas heranças indígena e africana, é uma janela para as nuances muitas vezes esquecidas de nossa história.

A capoeira, expressão artística e física intrínseca à herança cultural brasileira, também encontra um lar na Biblioteca Mangangá. Evelly Maria, praticante dessa arte única, deseja que o local seja mais do que um depósito de conhecimento, mas um espaço onde a capoeira pode ser vivenciada e apreciada, contribuindo assim para a preservação desta forma única de expressão.

A Biblioteca Mangangá, guiada pelo amor à cultura brasileira, desempenha um papel vital na democratização do acesso à leitura e na formação de leitores conscientes. É um farol que ilumina as raízes de nossa identidade, preservando e disseminando a riqueza cultural da região. Que este refúgio cultural continue a inspirar gerações, celebrando a diversidade que nos torna únicos.


Imagem: Acervo da Biblioteca Mangangá.

terça-feira, 10 de agosto de 2021

Explorando Mundos Literários na Casa de Leitura Sinais & Livros

Num tranquilo bairro de Parauapebas, encontramos um tesouro literário que vai além das palavras escritas; é um local onde a leitura é acessível a todos, independentemente de suas habilidades auditivas ou visuais. A Casa de Leitura Sinais & Livros, sob a tutela dedicada de Cliciane Costa da Silva Nobre, emerge como um farol cultural no coração do bairro Beira Rio II.

O espaço acolhedor, situado na Avenida F, é muito mais do que uma simples biblioteca. Funcionando em uma área gentilmente cedida pela família da responsável, a casa possui uma estrutura ampla e bem iluminada, composta por uma sala de leitura envolvente, uma sala de informática para pesquisas e estudos, e um espaço versátil dedicado a atividades culturais e educativas desde setembro de 2020.

Ao adentrar a Casa de Leitura Sinais & Livros, é impossível não se encantar com a diversidade do acervo. Livros, revistas, jornais, DVDs e CDs se misturam, oferecendo um cardápio literário que atende aos mais variados gostos e interesses. Mas o diferencial está na inclusividade: há materiais especialmente selecionados para o público surdo e/ou com deficiência auditiva, bem como recursos para pessoas com deficiência visual.

Os serviços oferecidos pela Casa de Leitura são tão ricos quanto seu acervo. Os visitantes têm a oportunidade de emprestar livros, revistas e jornais, explorar o acervo em consultas dedicadas, acessar a internet para pesquisas e estudos, participar de atividades culturais e educativas, e desfrutar da arte da contação de histórias em língua de sinais (Libras). Além disso, a Casa de Leitura Sinais & Livros oferece cursos de Libras e promove a formação de leitores, expandindo os horizontes de conhecimento de forma inclusiva.

A Casa de Leitura Sinais & Livros também possui requisitos simples para aderir aos seus serviços, tornando o acesso à cultura ainda mais fácil. Basta apresentar um comprovante de endereço único. A simplicidade do processo reflete o compromisso da instituição em eliminar barreiras e proporcionar a todos a oportunidade de se perderem em mundos literários.

O engajamento da comunidade é visível, e Cliciane Costa é a alma por trás dessa iniciativa inspiradora. Seu amor pela literatura e dedicação à inclusão permeiam cada canto da Casa de Leitura Sinais & Sons, transformando-a em um espaço onde todos são bem-vindos, e cada página conta uma história única.

Ao visitar a Casa de Leitura Sinais & Livros, você não apenas mergulha em narrativas envolventes, mas também testemunha o poder transformador da leitura quando aliada à inclusão. Este refúgio literário no coração de Parauapebas é mais do que uma casa de leitura; é um farol brilhante, guiando todos que buscam conhecimento, independentemente de suas capacidades, rumo a um mundo de possibilidades.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2021

Projeto Cultural Tecnoarte: Integrando Arte Digital e Comunidade em Plácido de Castro

Na cidade de Plácido de Castro, uma iniciativa cultural recente vem deixando sua marca: a oficina Tecnoarte: Arte Digital. Sob a orientação do renomado artista plástico Ozeas Nobre, este projeto, financiado pela Lei Emergencial de Cultura Aldir Blanc e apoiado pela Fundação Elias Mansour, Governo do Estado do Acre e Governo Federal, tem se destacado como uma síntese inspiradora entre arte contemporânea e tecnologia moderna.

Realizada entre os dias 8 e 13 de fevereiro de 2021, a oficina de 12 horas de duração foi concebida para integrar a arte plástica à era digital, explorando o potencial criativo dos celulares e seus aplicativos. Os resultados foram além das expectativas, proporcionando uma experiência enriquecedora tanto para os participantes quanto para a comunidade de Plácido de Castro.


Explorando Novos Horizontes:

Um dos principais objetivos da oficina foi desmistificar a percepção dos celulares e aplicativos como meros dispositivos de entretenimento, destacando seu potencial como ferramentas valiosas para expressão artística. Ao longo das seis aulas, os participantes puderam explorar e reconhecer o poder criativo dessas tecnologias, proporcionando uma visão inovadora sobre sua integração às artes plásticas.


Acesso Democrático à Arte:

Uma das conquistas mais significativas da oficina foi a democratização do acesso à arte digital. Ao ensinar o uso de aplicativos gratuitos para criação artística, o projeto abriu portas para jovens de baixa renda de Plácido de Castro, proporcionando-lhes oportunidades de aprendizado e expressão artística. Esta iniciativa não só quebrou barreiras financeiras, mas também promoveu a inclusão cultural na comunidade.


Empoderando a Juventude:

Além de oferecer uma alternativa criativa e cultural, a oficina representou uma oportunidade para empoderar a juventude local. Ao desenvolverem suas habilidades artísticas, os participantes foram capacitados a expressar suas vozes de maneira significativa, rompendo com a ociosidade e contribuindo para o crescimento pessoal e coletivo.


Do Local para o Mundo:

Ao final da oficina, as obras de arte produzidas pelos participantes ganharam um novo palco: a internet. Esta iniciativa não apenas compartilhou o talento e criatividade dos jovens de Plácido de Castro com o mundo, mas também promoveu a visibilidade da comunidade local, incentivando ainda mais o engajamento artístico e cultural.

Em última análise, o projeto Tecnoarte: Arte Digital não só vem alcançando seus objetivos propostos, mas também deixando um verdadeiro legado duradouro de inspiração, empoderamento e inclusão na cidade de Plácido de Castro, mostrando que a arte, quando aliada à tecnologia e ao compromisso comunitário, pode transformar vidas e enriquecer culturas.

*Foto: Divulgação do Projeto

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2021

Estão abertas as inscrições para o Curso de Danças Amazônicas!

Aprenda sobre a cultura e a história da região através de suas danças folclóricas e ritualísticas.


O curso:

Data: 22 de fevereiro a 05 de março de 2021

Horário: 18h às 21h

Local: Área de eventos da 5ª Ciretran, Xapuri, Acre

Duração: 30 horas

Vagas: 40

Certificado: Sim


Inscrições:

Presencialmente: Prédio da 5ª Ciretran, Xapuri, Acre

Telefone: (68) 3542-3140 (em horário comercial)

Período: 8 a 12 de fevereiro de 2021

Público-alvo: Adolescentes, adultos e idosos interessados em cultura e dança.


Programação:

Aspectos conceituais, técnicos e estéticos da dança amazônica

Análise de métodos de ensino da dança

Estudo da linguagem expressiva da dança

Aulas práticas de ritmo e movimento

Apresentação final


Proponente: Maria de Lurdes Alves (Dona Boneca), atriz e dançarina com vasta experiência em pesquisa e projetos culturais.

Financiamento: Lei Emergencial Cultural Aldir Blanc, Fundação Elias Mansour, Governo Federal e Governo do Estado do Acre.


Medidas de proteção contra o coronavírus:

Uso obrigatório de máscara (exceto momentos individuais)

Álcool em gel disponível

Distanciamento social

Participe e aprenda sobre a rica cultura e história da Amazônia através de suas danças!


Informações:

Telefone: (68) 3542-3140

E-mail: edoportunidade@gmail.com


Realização:

Proponente: Maria de Lurdes Alves (Dona Boneca)

Fundação Elias Mansour

Governo Federal

Governo do Estado do Acre


#Cultura #Dança #Amazônia #Xapuri #Acre

quarta-feira, 20 de janeiro de 2021

Curso do Lixo ao Luxo: Oportunidade para Rio Branco


Olha só essa novidade incrível: está aberto o período de inscrições para o curso "Do lixo ao luxo: reutilização do lixo eletrônico", que visa promover a sustentabilidade e a geração de renda através da criativa reutilização de resíduos eletrônicos.

O curso, financiado pela Lei Aldir Blanc, oferece a oportunidade de aprender a transformar lixo eletrônico em verdadeiras obras de arte valiosas.

Ministrado pelo renomado artista Rodrigo Garcia, o curso tem como objetivo capacitar os participantes na reutilização de lixo eletrônico, transmitindo conhecimentos e habilidades para a criação de esculturas originais.

Além disso, promove a conscientização sobre a importância da sustentabilidade e práticas responsáveis de descarte de eletrônicos. Ao final do curso, os participantes serão capazes não apenas de adquirir novas habilidades, mas também de gerar renda através da venda de suas criações.

Com essa iniciativa, espera-se que mais projetos semelhantes sejam desenvolvidos em comunidades ao redor do Brasil, promovendo não apenas a sustentabilidade, mas também a criatividade e a geração de renda. Incrível, não é? Se você ficou interessado, as inscrições estão abertas no formulário clicando aqui.

Arte: Do Coordenador Rodrigo Garcia.